E SE 2014 FOR SECA? PLANO EMERGENCIAL SEGURANÇA HÍDRICA E ALIMENTAR
Esta pergunta nos inquieta profundamente, pelas graves consequências sociais, econômicas, humanas e pelo sofrimento de milhares de conterrâneos. O tema é doloroso, mas infelizmente é uma possibilidade real e exige medidas urgentes HOJE, para melhorar a segurança hídrica e alimentar do Semiárido.
É essencial preparar, agora, o Nordeste para esta forte possibilidade de prolongamento da estiagem e reduzir suas graves consequências, com a execução em regime de urgência, um amplo programa de construção de adutoras para garantir água para as cidades em colapso de abastecimento, perfuração de poços, instalação de dessalinizadores, tratamento d’água e outras ações locais.
Temos que tratar igualmente com muita determinação a estruturação da região para esta seca e as futuras. A execução das obras de Transposição de Águas do São Francisco e o Cinturão das Águas do Ceará, obras essenciais para o Estado, devem ter seus cronogramas antecipados, construídas em regime de urgências para nos socorrer já em 2014 e evitar esta grave situação. É possível? Sim. Com vontade política e gestão, construímos o canal do trabalhador com 102 km em apenas 92 (noventa e dois) dias, no governo Ciro Gomes e hoje temos muito mais recursos tecnológicos.
Precisamos ampliar as áreas irrigadas, onde há disponibilidade de água, com políticas consistentes de apoio aos produtores, conclusão dos Perímetros Públicos de Irrigação e o seu melhor aproveitamento, para garantir a sobrevivência dos rebanhos e evitar a cruel mortalidade de milhares de animais.
Geração de emprego em larga escala com a implantação e dinamização das obras da Siderúrgica e da Refinaria para garantir vida digna para milhares de pessoas que perderão seus postos de trabalho em função da seca, além do combate a maior consequência de uma seca: a miséria, a pobreza, basta relembrar o que as secas de 1915 e 1958, fizeram com a cidade de Fortaleza. Estes dois empreendimentos são âncoras para minimizar os efeitos da seca e devem ser tratados e executados como estratégicos para amenizar este sofrimento e dar DEFINITIVAMENTE condições ao Ceará de conviver com a seca. É possível sim com a união de todos e a determinação em fazer.
Euvaldo Bringel Olinda
Vice Presidente da FACIC, Presidente do INSTITUTO FRUTAL e da Câmara de Frutas.
