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Artigo escrito pelo presidente da FACIC

By 12 de dezembro de 2011 No Comments

O presidente da Federação das Associações do Comércio, Indústria, Serviços e Agropecuária do Ceará (FACIC), Francisco de Assis Barreto de Sousa, escreveu um artigo para a revista PPE – Ano V – Nº 7 – Dezembro de 2011.

UM NOVO BRASIL

Não obstante as falcatruas, os desvios de conduta de uma parte considerável de lideranças brasileiras, com denuncias a integrantes dos 3 poderes, o Brasil tem se mostrado mais forte, e esse gigante (pela própria natureza) resolveu sair do “berço esplêndido” com suas próprias forças, com a força de suas entranhas, seu próprio povo, e atropelando a tudo e a todos, vem nos surpreendendo e despontando como uma força mundial.

Éramos “O país do futuro”.

Esse futuro chegou muito mais cedo do que era esperado e hoje, nosso comércio, nossa indústria dão sinais do que somos capazes. A agricultura, essa força, que sempre manteve o comando do crescimento, nos dá prova de que já somos o celeiro do mundo, como era preconizado.

Estamos vivendo uma nova dialética política, econômica e social. As redes sociais de encarregaram de “abrir os olhos” do mundo, de deixar as “coisas” às claras. As pessoas são estimuladas a sair do marasmo e pensarem, o consumidor brasileiro passou a ser exigente, a buscar seus direitos, a exigir qualidade nos produtos que adquire.

A indústria automobilística, comanda o crescimento industrial. Quem não se lembra da frase “Nossos carros são umas carroças” proferida por um ex-presidente do Brasil? Nossa informática sem conseguir andar, e protegida por uma “Lei de Reserva de Mercado” que não ajudava em nada a este país, ao contrário, nos distanciava a passos largos do primeiro mundo.

Nossas exportações agrícolas (que sempre seguraram as barras) se restringiam às matérias primas, que processadas, industrializadas em outros países às vezes voltavam para nosso consumo, com novo nível de preço, criando emprego, renda e bem estar em outras plagas.

O momento nunca foi tão propicio ao crescimento. Devemos tomar alguns cuidados sim, como por exemplo, não nos encantarmos com o lucro maior e mais fácil, hoje, importando produtos chineses que, independente de qualidade (produtos chineses na Europa tem qualidade superior aos produtos chineses vendidos no Brasil, em sua maioria) podem vir a estimular um sucateamento de máquinas e humanos (acabando com o emprego por aqui).

A criatividade está instigada, o povo volta a pensar, a ficar inquieto, a buscar novas fórmulas para o consumo e a produção. O brasileiro se mostra, segundo estudos do SEBRAE, entre os povos mais empreendedores do mundo. As novas empresas, em sua grande maioria, micro, pequenas e em menor escala, médias vem tendo uma sobrevida maior. O nível de emprego, vem se sustentando em patamares aceitáveis. A ascensão das Classes D e E ao mercado consumidor mantêm “azeitada” a máquina do crescimento. Pessoas que não consumiam agora direcionam toda sua renda ao consumo. Como prova dessa nova categoria de brasileiro, temos um Nordeste sendo descoberto pelo Brasil.

Nos últimos anos, enquanto a média de crescimento do varejo alimentar cresceu entre 5% e 6% (BR) enfrentamos no ano de 2006 um crescimento de 15% (Nordeste) crescimento esse que continua a taxas elevadas. Esses números atraíram investimentos de grandes grupos mundiais, antes, com suas “baterias de ataque” voltadas apenas para o Brasil rico, e aportassem por aqui. Com poder aquisitivo maior, passamos a ser prioridade. O empresariado local foi instigado e não se fazendo de rogado, buscou soluções caseiras, procurou estudar mais, trabalhar nichos de mercado diferenciados, se uniram em centrais de compras que evoluíram para centrais de negócios, passaram a se olhar não mais como concorrentes, porém, como parceiros, como uma fórmula de se defender da concorrência que chegou com um custo de capital mais barato (nossa taxa de juros é uma das mais altas do mundo). O SEBRAE, esse grande parceiro dos brasileiros, passou a ser mais exigido e responde com competência à demanda que lhes é imposta.

No estado do Ceará, as redes locais, sentaram suas bases no interior do estado e continuam avançando. Em escala menor, porém no mesmo diapasão, os supermercados de vizinhança, atentando para a concorrência que “chega de fora” se uniram, formando também redes de negócios, fortalecendo suas operações, ganhando força frente aos seus novos concorrentes.

O Instituto Macro, órgão de estudos da FACIC, tem montado parcerias com instituições como a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC), o Instituto Frutal, o SEBRAE, etc e tem apresentado aos micros, pequenos e empreendedores individuais, oficinas, treinamentos, do que existe de mais avançado no mundo, além de Lojas Conceito, acessíveis ao público alvo; também o programa Varejo Competitivo, que nasceu no Ceará e hoje atravessa fronteiras, treinando empreendedores durante 4 a 5 meses, habilitando-os a manterem crescentes as estatísticas de taxa de sobrevivência dos pequenos negócios no Brasil.

Finalizando não poderia deixar de parabenizar a esse empreendedor nato, que busca através da maior transparência, destacar o trabalho daqueles que se diferenciaram em seus negócios, incentivando-os, dando visibilidade ao trabalho, instigando a outros empreendedores a buscarem o mesmo reconhecimento.

Parabéns amigo Roberto Farias pela visão empreendedora, você também merece estar entre os brasileiros da década.

Francisco de Assis Barreto de Sousa

Presidente da FACIC e

Instituto MACRO”

FACIC

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